quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Reflexão do Capítulo 3 do livro "Família em Rede"

Este capítulo tem como título Aprendizagem.
Penso que numa primeira abordagem o autor pretende chamar a atenção dos pais e educadores para a necessidade da tecnologia estar ligada a uma parte mais humana, ou seja por exemplo, como é referido no exemplo dado por Papert, que nas grandes supefices é necessário haver pessoas que possam ajudar os pais e educadores a optarem pelos melhores softwares, que conversem com eles.

Papert faz referência aos softwares que são realizados apenas com o propósito de impressionar os pais e contudo não são aqueles que mais beneficiam a aprendizagem.

Papert refere que na aprendizagem é muito importante a cultura, o ambiente em que esta ocorre, fazendo uma analogia entre a conservação de Piaget e como esta é apreendida em casa, num contexto familiar e as vantagens que as actividades no computador podem trazer.

Neste capítulo o autor cita muitas vezes Piaget, falando do Construtivismo. Com isto penso que o autor pretende alertar os professores para a melhor forma de aprender, e qual o papel que estes devem ter na aprendizagem, posso dizer que com as explicações de Papert e o conhecimento que tenho das aulas de Psicologia do Desenvolvimento do ano anterior, concordo com as suas conclusões, dizendo que o aluno deve construir os seus conhecimentos e o professor deve facilitar essa construção criando novas formas para que os alunos possam inventar e adquirir assim aprendizagens.

Uma das partes que mais me chamou a atenção foi, quando o autor referiu as diversas aborgadens, a partir das quais os pais podem utilizar os jogos em proveito da aprendizagem, aqui temos:


  • Instruccionista: pais fazerem em conjunto com os filhos um jogo de cariz educativo(actualmente existem inúmeros jogos que permitem esta abordagem).

  • Construcionista: pais e filhos criarem um jogo em conjunto, aprendendo assim diversas temáticas, ajuda a desenvolver o pensamento.

  • Aprender sobre a aprendizagem: compete aos pais darem a oportunidade aos filhos de participarem nas decisões de que estratégias utilizar na aprendizagem, aprender com as crianças.

O autor refere algumas caracteristicas do mau software, vou apenas enunciá-las:



  • Máquina activa, criança papel passivo;

  • Enganador;

  • Favorece reacções rápidas em detrimento do raciocínio continuado.

Na minha opinião torna-se importante dar a conhecer aos pais e educadores quais os critérios a ter em conta na escolha de programas, para as crianças, alguns deles são, verificar quem dirige quem, se existe espaço para a imaginação, se permite a partilha.


No fim do seu capítulo Papert fala de dois conceitos desconhecidos para mim, o Micromundo e o Hipermundo.


Sendo o micromundo limitado e mais facilmente explorado e compreendido, o hipermuno por sua vez são mundos mais amplos, onde existem diversas relações.


Um dos exemplos de hipermundo é a Internet e um exemplo de micromundo é a programação.


Neste último exemplo Papert diz-nos que a programação elaborada pelas crianças é a chamada linguagem Logo, por ele iniciada. Esta linguagem Logo já é utilizada em algumas escolas, contudo por vezes não é aplicada da melhor forma, e também não existem os recursos necessários.

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